Um-bi-go - Cena do filme, Aconteceu em Woodstock (Taking Woodstock. Direção de Ang Lee, 2009)
Cena do filme, Aconteceu em Woodstock (Taking Woodstock. Direção de Ang Lee, 2009)

Um-bi-go

Coluna • 23 de setem bro de 2011 • Dani Leão

Um tipo de amigo bipolar diagnosticado pela liberdade. Uma hora distância, a desoras é só chamar. Realidade atemporal de um esboço preto e branco que colore entrelinhas. No relógio da vida o ponteiro alarma lembranças, quando toca é hora de marcar. Não tem data, não tem lugar. É vida avulsa, muita convicção e preguiça de namorar.

Assim como o pacifismo abordado no filme “Hair”. Está mais para “Free Love” do que “Fuck Buddy”, no sentido real das palavras. A moda às vezes rotula tendências que desmerece a arte e banaliza um momento. Os grandes poetas eternizam até o ato de suspirar. Então por que não fazer uma casadinha entre seguro e amigável no júbilo ato descompromissado?

Um tipo de enquete com infinitas questões. Uma hora afirmativa outrora negativa. É uma frase com reticências. O livro aberto dos melhores capítulos, onde o marca texto escolhe algumas páginas ou até mesmo algumas pequenas citações. A escolha do início, meio e fim da história em mãos. Siga um caminho e não faça morada.

Basta apenas jogar a bandeira da rotina tradicional fora. A chave da casualidade é bem sincera. Around the world. Essa é a jogatina de maior honra ao mérito: Cards on the Table. A prática do Fair Play com maestria. O diagrama perfeito do Yin Yang. Uma cultuação da mitologia hindu. O xadrez do querer e o cacife da aposta de um poker.

Tá mais pra o hipotálamo do que para uma disritmia. Uma forma de guardar as melhores experiências. O amadurecimento dos sentidos. Um ensaio sublime da felicidade. Para quem têm mestrado em acrobacia aérea, malabarismo e equilibrismo sobe uma linha extremamente tênue. Cuidado!
Alguém jamais namorou um inimigo. Cuide do seu umbigo.