Janela panorâmica - Through the Window  (Foto: Alena Kubalcova Figurova)
Through the Window (Foto: Alena Kubalcova Figurova)

Janela panorâmica

Coluna • 24 de abril de 2012 • Dani Leão

São tantos homicidas neste vasto* hall* de sensacionalismo, andam matando até o amor. Quem dirá o próprio? A guerra é de artilharia. Quem acerta mais na era dos profiles ou quem se alimenta mais dos fast foods. É como um binário de* on* e off line, no trocadalho do carilho de quanto mais on mais off life. No campo da frugalidade os comerciais são doses cavalares da crua realidade deparada nos balcões das boates, bares, shoppings, vielas… Até mesmo na religião.

A ostentação tomou a forma dos espelhos e ainda há quem duvide do seu brilho oportuno em meio a dialetos chulos e ensinamentos piriguetês dos veículos de comunicação. Sem mencionar o tanque de guerra virtual da generalização – tudo em demasia na velocidade dos segundos- embarreirado por telas, numa forma de mascarar seus cumplices.

Na semiótica das cores independente da categoria sociopolítica e econômica- o vermelho- é uma cor de poder, energia e vida. Bem contraditório! A magia do controle remoto, o passe do mouse e a tendência tecnológica são produtos no campo de batalha da nova temporada do botão vermelho. Perante todos os efeitos tem o mesmo significado; desligar. Andam desligando o passado, a realidade e até mesmo o afeto.

Se bem pensado, a análise da evolução cibernética em controversa da civilização é tão radical quanto pensar nos pré-históricos sendo um personagem do woodstock, por exemplo. No entanto com valores de vivência ainda preservados e fazendo valer a palavra de paz e amor com preeminência. Atualmente como cálculo quase que totalitário podemos ouvir no relatar de tempo que muitas pessoas ficam conectadas 24h ou mais. E daí a pergunta: Onde ficam os sentidos do corpo humano?

Talvez o plugin da criminalidade tenha culpa dessa exclusão interpessoal de relação. O que não ofusca os delitos virtuais. Nem tão pouco a autodefesa dos sentimentos. Uns atacam, outros defendem, enquanto a massa consome o pop. Qual será a próxima tendência do banal? Jamais uma escolha será perda de tempo. Digamos que seja um item da experiência que a vida nos dá desde que racionais. E a busca do ser-humano continua infinda quando almejamos a felicidade. Para isto é preciso que qualquer coisa que queime ou gele, estremeça ou pare, toque ou aperte a pele dos sentidos, pulse vida.

A coragem e o tempo são aliados para os perseguidores dos relacionamentos pessoais praticáveis. Hoje em dia ser proativo é o perfil da sobrevivência. Bitolar-se nas redes virtuais é o limite do panorama de viver. Nas ruas… O barulho das buzinas conota um cotidiano de passos, risos e abraços. Os olhares sob a perspectiva do olho no olho e naquela praça dos romances ainda há o registro da beleza natural que sombreia o banquinho da vida.

Aprecie a natureza!