Sagitário -

Sagitário

Coluna • 11 de dezembro de 2010 • Carlos Costa

Na amplidão dos sonhos exaltados, quando o arco retesado sob o sol de dezembro, o razoável é atingir o Everest num único dia ensolarado, num pulo, num salto. Se o atinge, foi fácil; se não o atinge, o céu ficou tão mais perto que o bronzeado é muito melhor do que o esperado.

Sagitário desbrava o horizonte como um ser religioso, justo e inviolável, enquanto o episcênio estrelado é tão terreno que faz do escândalo um banquete comemorado. Vive o mundano e o sagrado do mesmo lado. Sagitário expande o mar de vontades sob o fervor dos lábios amado. Quando é intenso, é pouco; quando é pouco, é bastardo. E do concreto gesto das mãos medindo os tolos, os crédulos e os sábios o formoso centauro espiritualiza o sal dos corações amargos.

Ó Sagitário, que força é essa que mantém o sol em seus braços acordado? Encha de dádivas meus ideais e os de milhares, pois na arte do entusiasmo, o céu é um território vasto, e, ao encontrá-lo, é a minha alma que abraço!”