Não basta ser mãe, tem que inventar moda!
A quantidade e a qualidade de peças no setor infantil agrada as mamães e deixa os bebês ainda mais fofos
Luna tem menos de um ano de vida, mas já sofre com as investidas da mãe, a arquiteta Luciana Raposo. É que ela “ainda não está muito interessada na carreira de modelo”, segundo a mãe, em tom de brincadeira. Mas a irritação do bebê com o troca-troca de roupas faz parte de um sonho, digamos, cor-de-rosa. Quando a gravidez estava no quarto mês a arquiteta descobriu que esperava uma menina. A alegria se deu porque ela “sempre sonhou em ter uma bonequinha pra enfeitar”, para trocar a roupinha e fazer desfile de moda. Então, “juntei o lado criativo de gostar de inventar fantasias, combinações e estilos e passei a criar uns looks para Luna”.
Mas, como saber o que é adequado e o que não é? E como criar um estilo próprio, valorizando o que a criança tem de melhor? Luciana acertou em cheio. Como Luna é branquinha, usa tons coloridos que possam realçar a sua pele. Outra característica são as pernas grossas da mocinha, uma delícia. Aí é aproveitar para combinar a calcinha com a roupinha, porque não fica legal a fralda descartável aparecer, “é um desperdício para aquele fofíssimo conjunto de cochas e bumbumzão”, diz a mãe. Então, saias curtas com calcinhas de bebês com bicos são um charme para mostrar as pernocas.
O mercado de sapatos está super em alta. Serve tanto para proteger os pés, quanto para arrematar o visual. Ela tem tênis de gente grande só que em miniatura. Assim, a moda também pode criar uma identificação entre mãe e filha para que tenham o mesmo estilo, pelo menos enquanto a criança não cresce. A Adidas já tem produtos especialmente pra crianças, mas o preço sai um pouco carinho para um pé que cresce tão rapidamente.
Nem sempre é fácil cuidar do look de bebês. Isso porque os bebês não ficam quietos. As faixinhas e laços na cabeça são arrancados e eles não param, sujando os vestidinhos. Luciana, pelo menos, tem se rendido a praticidade da mãe moderna e dado preferência a roupas fáceis de vestir, de lavar e passar, e, sobretudo, confortáveis. O que, na verdade, pode ser o mais adequado por causa do calor e das tantas vezes que as crianças terminam se sujando.
Porém, vale a pena o investimento nas fofuras quando os eventos pedirem algo mais fino, como festas, passeios importantes e datas comemorativas. Quando Luna foi se batizar, por exemplo, Luciana passou um mês organizando tudo e decidindo qual seria a roupa que ela iria usar. “Bati tudo: shopping, galerias e até o centro da cidade para escolher o look da minha princesa. Me senti a verdadeira mãe da noiva”. O resultado ficou perfeito: um vestidinho branco, bordadinho com pérolas. E um detalhe no cabelo. “É que eu não estava gostando dos diademas e lacinhos do mercado. Achava que a roupa já era tradicional então poderia quebrar essa ideia com algum toque especial e resolvi a questão com R$60 centavos no mercado da encruzilhada: um bico rendado. Prendi com uma fivelinha para dar um laçarote do lado” Ficou um estilo hippie-chique.